A história do 208 no Brasil começou em 2013 quando a montadora francesa demonstrou interesse em aposentar o Peugeot 207, alvo de muitas críticas. E a nova fórmula parece que surtiu efeito, a marca ganhou espaço e confiabilidade do público, e o sucesso vai continuar em 2020 de cara nova e com muitas inovações.
O novo 208 foi eleito o melhor carro europeu em 2020, e, por isso gerou muito expectativa sobre seu anúncio para vendas no mercado nacional. Embora esteticamente a versão disponível por aqui conserve os aspectos visuais sofrerá algumas mudanças. Na Europa o modelo recebe freio de estacionamento (aqui conhecido como freio de mão) elétrico e a opção de motor à diesel.
O modelo apresentado segue alguns padrões da Peugeot. O espaço interno não é lá o maior da categoria, especialmente na parte traseira, porém, o acabamento e os detalhes dos painéis compensam. Outra característica da marca, os volantes de dimensões relativamente menores que os concorrentes, é considerado um trunfo pois permite respostas mais rápidas na direção.
O modelo foi apresentado em 5 versões: Active, Active Pack, Allure e Griffe com motorização 1.6 Automática e a versão e-GT com motor elétrico. O que chama atenção é o fato da versão de entrada já contar com itens normalmente aplicados nos modelos mais caros pela concorrência, como por exemplo o painel todo analógico e o computador de bordo aplicado a central de multimídia.
A versão Griffe 1.6 conta com dispositivos de direção semiautônoma (ADAS), o que aumenta em muito a segurança do veículo, como por exemplo o alerta de mudança involuntária de faixa, alerta de colisão, frenagem emergencial com parada total a até 80 km/h (carros) ou 60 km/h (pedestres) e o assistente de farol alto com ajuste automático de facho de luz.
A fabricante foi agressiva em inovar no acabamento. Na frente o novo conjunto ótico conta com um par de faróis diurnos em led (DRL) com forma de dentes de tigre que se estendem pelo para-choque dianteiro dão ar mais esportivo para o modelo. Já o interior, foi apresentado com linhas mais moderna, um exemplo são os botões ao estilo aeronáutico.
Atualmente no Brasil há uma tendência pela motorização turbo, inclusive nas versões 1.0, as principais concorrentes do 208 (Onix, Hb20 e Polo) aplicam esse esquema. Porém para o modelo a montadora preparou o conhecido motor 1.6 com 118 cavalos, e nada de turbo. O câmbio em todas as versões é o automático de seis marchas.?
O novo hatch tem 4,05 metros de comprimento (7 cm maior que o anterior) e 1,74 m de largura (4 cm superior). A altura foi reduzida em 4 cm e passou para 1,43 m.?O entre-eixos não mudou e continua com os mesmos 2,54 metros.?O porta-malas leva 311 litros e está dentro da média do segmento.
A grande novidade fica por conta da versão e-GT, que é 100% elétrico e chegará importado da Europa. A versão europeia é vendida hoje com 136 cv e 26,5 kgfm de torque, contando com um motor elétrico e dispositivo de bateria de 50 kWh. A montadora indica que a autonomia do veículo é superior a 300 quilômetros, suprindo a necessidade da média de trajetos urbanos diário no Brasil. E se é comum pensar que carros elétricos são lentos e pesados, o 208 e-GT alcança até 150 km/h (com limitador de velocidade) com a promessa de entregar 100 km/h em menos de 9 segundos.
Em relação ao acabamento interno e externo, a versão elétrica não se difere do motor a combustão. Isso porque a montadora quer normalizar o uso da eletricidade, sem dar aos modelos distinção em relação à estética especialmente.
Para as versões à combustão existem 4 opções de cores: dois tipos de branco, cinza, preto e azul. Para versão elétrica, além das 4, existe também a opção de amarelo, exclusivo para o modelo.
As mudanças e inovações acompanham um movimento que a Peugeot faz em busca de aumentar a sua participação no mercado do Brasil. A marca embora já seja reconhecida no mercado interno pelo padrão de acabamento superior em relação aos concorrentes, gerava muitas incertezas quando o assunto era manutenção. No entanto, o esforço da montadora em aumentar o número de concessionarias e trabalhar para conter vícios de fabricação comuns tem gerado resultados. A grande questão sobre a fabricante francesa sempre foi a pouca informação sobre manutenção que atrapalhava e muito aos mecânicos por aqui e o acesso a peças, e ao menos o que parece esses problemas têm sido solucionados.
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